Não obstante a sua carreira como economista do desenvolvimento nas Universidades de Swansea (Reino Unido), Eduardo Mondlane (Moçambique) e Trás-os-Montes e Alto Douro (Portugal), desde a sua aposentação em 2016, Chris Gerry tem trabalhado exclusivamente na área da tradução literária e tradutologia. Já publicou amplamente sobre as traduções realizadas por Florbela Espanca e, mais recentemente, sobre as carreiras tradutórias de Ana Plácido e Camilo Castelo Branco. Ele próprio é tradutor, tendo vertido para o inglês – além de dezenas de textos na sua área original de actuação, inclusive o livro O Espaço Dividido de Milton Santos – as duas colecções de contos de Florbela Espanca, as novelas e manifestos estéticos de Judith Teixeira, trechos selecionados da poesia épica seiscentista de Soror Maria Mesquita Pimentel, e “De Florbela para Pessoa, com amor” da poeta brasileira Maria Lúcia Dal Farra. Hoje, centra-se mormente no estudo da prosa transgressiva, das autoras-tradutoras e do génese da profissão de tradutor em Portugal nas primeiras décadas do século XX.