Entre os surrealismos francês e português: receção, relação e diálogos
FLUP | 29 de novembro 2024 | 16h30 | sala DEPER
Resumo: Neste seminário aberto, para assinalar o centenário de publicação dos Manifestos do Surrealismo de André Breton, serão abordados o surrealismo francês, a chegada desta vanguarda estético-literária a Portugal e as relações entre os dois fenómenos. Partindo de Mário Cesariny, que estabeleceu as primeiras pontes de contacto com o contexto francês, passaremos ainda por figuras como Luiz Pacheco, António Maria Lisboa e Alexandre O’Neill, para refletir as manifestações do surrealismo nestes dois espaços. Os dois focos principais da sessão serão o período de formação dos grupos surrealistas, marcado pela chegada do Surrealismo a Portugal, e o contexto a partir da segunda metade da década de 60; este último, coincidindo com o progressivo contacto de Cesariny com o movimento surrealista internacional, conduzirá à antologia Textos de Afirmação e de Combate do Movimento Surrealista Mundial (1977).
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Rui Sousa é Investigador do Grupo 1 do CLEPUL. Mestre em Literatura Portuguesa Moderna e Contemporânea (2009) e Doutorado em Estudos de Literatura e de Cultura (2019), pela FLUL. Participou na obra 1915: O Ano do Orpheu (coord. Steffen Dix). Colabora na revista Pessoa Plural e em eventos organizados pelo Projecto Estranhar Pessoa e pela Casa Fernando Pessoa. Publicou A Presença do Abjecto no Surrealismo Português, Do Libertino: revisões de um conceito através do caso de Luiz Pacheco (2023) e Cesariny e o Monstro Pessoa (2024). Coordena o projecto de investigação Contextos Críticos do Modernismo e do Surrealismo em Portugal.