A pintora e gravurista Gretchen Wohlwill, que descendia de uma prestigiada família de académicos liberais de origem judaica, foi membro fundador da Secessão de Hamburgo, que veio a fechar na sequência da perseguição que lhe moveu o nacional-socialismo. Expulsa também da escola onde lecionava arte, Gretchen Wohlwill emigra em 1940 para Lisboa, onde permanece durante doze anos e onde gradualmente se veio a tornar conhecida e reconhecida, privando com muitos intelectuais e artistas portugueses.
Essas suas experiências de exílio e pós-exílio determinam o diálogo vivo que manteve com Portugal nos últimos anos da sua vida e de que memórias e correspondência com a amiga Ilse Losa dão testemunho.