Coquelicots d’Irak:narração e memória na banda desenhada contemporânea
Resumo: O romance gráfico Coquelicots d’Irak, escrito a quatro mãos por Brigitte Findakly e Lewis Trondheim, resgata, através de pequenos fragmentos poéticos, a história de uma sociedade e sua posterior destruição. Muito tem sido discutido sobre a consagração do aspecto autobiográfico na escrita em banda desenhada, na maior parte das vezes ligando o aspecto narrativo ao relato de uma experiência traumática. Esse seminário pretende expandir essa discussão, ao debater a construção da memória da autora nesse suporte, afastando-se da ideia de trauma e aproximando-se do universo da fabulação.
Letícia Simões (Salvador, 1988) é pesquisadora, realizadora e argumentista. Estudou Guião e Documentário na London Academy of Film, Media and TV. É Mestre em Cine-Ensaio pela EICTV, em Cuba e doutoranda em Estudos Literários, Culturais e Interartísticos na Universidade do Porto. Assina os longas-metragens documentais Bruta Aventura em Versos, Tudo vai ficar da cor que você quiser e O Chalé é uma Ilha Batida de Vento e Chuva, que compõem uma trilogia de poesia brasileira; e Casa, um ensaio de autoficção. No cinema, escreveu para Hilton Lacerda, Marcelo Gomes, Sérgio Machado, Heloisa Passos, Marcelo Lordello, Roberta Marques, João Miller Guerra & Filipa Reis e Zé Filipe Costa.